terça-feira, 3 de maio de 2011

acreano ou acriano?

Outra mudança na nova ortografia é que os sufixos IANO e IENSE passam a manter o I nos substantivos e adjetivos derivados, mesmo que suas formas primitivas possuam E. Isso quer dizer que quem nasce no Acre é agora acriano, e não mais acreano. Embora tenha gerado reivindicações em todo o Acre e alguns jornais locais tenham se negado a adotar a novidade, é o que a lei manda, o que podemos fazer?
Do mesmo modo, de Açores vem açoriano; de Camões vem camoniano; de Shakespeare vem shakespeariano; de Torres vem torriense; de Saussure vem saussuriano; de Euclides da Cunha vem euclidiano; de Borges vem borgiano; de Nelson Rodrigues vem rodriguiano; de Wagner vem wagneriano.
E os exemplos seguem: cingapuriano, freudiano, byroniano, chapliniano, rosiano (de Guimarães Rosa), zairiense (do Zaire), equatoriano, quebequiense (de Quebec), mülleriano (de Müller), machadiano (de Machado de Assis), bilaquiano (de Bilac), lacaniano (de Lacan), argeliano.
Exceção: A exceção à regra se dá quando a forma primitiva tiver vogal tônica aberta (que são aquelas com acento agudo ou pronunciadas como se o tivessem). Nesse caso, o E permanece no derivado (EANO ou EENSE), como em Coreia (coreano), Montevidéu (montevideano), Daomé (daomeano), Guiné (guineense ou guineano), Macapá (macapaense), Manaus (manauense), Maceió (maceioense), Igapó (igapoense), Feijó (feijoense), Abaeté (abaeteense), Iguaçu (iguaçuense), sucuri (sucuriense), Piauí (piauiense), Camburi (camburiense), Tocantins (tocantinense).

Nenhum comentário:

Postar um comentário